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Assentamento Palmares

 Palmares é o nome dado ao outro assentamento, localizado entre os municípios de Varjão e Guapó, ambos no Estado de Goiás, com uma área de 1.480 hectares, com 60 família assentadas.
 A Fazenda Quinta da Bicuda foi a primeira a ser entregue cujo ex-dono era um traficante. Ele elaborou toda uma metodologia de trabalho a fim de emagrecer os bois, abatê-los em sua propriedade, preencher a carcaça com drogas, para depois, comercializá-la em seus restaurantes ou mesmo no exterior.
 O pasto do traficante era todo irrigado por um sistema de alta qualidade. Na época das águas, deixava os bois pastarem e engordarem em uma pastagem mais apropriada e depois os transferia para outra inferior, que não atendia ás necessidade do animal e este acabava emagrecendo.
 Dois agrônomos que trabalhavam na propriedade como investigador o denunciaram a polícia federal e a fazenda foi desapropriada. Os militantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra então a ocuparam, com a pretensão de usá-la para fins de reforma agrária. Logo após, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a adquiriu por R$ 6.302.944,64, em 2004.
 O assentamento está dividido em 15 famílias para o sistema coletivo e as demais para o individual. De modo geral, as famílias beneficiadas viviam na periferia de cidades maiores, apresentando um conhecimento limitado de produção agropecuária, comercialização, acesso á créditos e administração. Nem todas possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf. Aquelas que já têm, conseguiram crédito para a construção da casa, através do INCRA, e também, por iniciativa do Pronaf, o dinheiro do fomento. 
 Pela antiga dedicação do antigo dono, não há dificuldades com a distribuição de água. Como problemas e desafios estão listados: energia elétrica, disponibilidade de máquinas agrícolas, assistência técnica, manutenção da lavoura e serviço terceirizado. Nem todas as famílias possuem energia elétrica em sua propriedade, elas aguardam o serviço do governo. Elas dependem ainda de máquinas agrícolas não disponíveis de maneira acessível a todos. Para limitar mais sua produção, possuem somente um agrônomo para acompanhar as atividades desenvolvidas de todas as famílias do assentamento. Por causa disso, tem dificuldade de manterem a lavoura. E como a maioria não produz o suficiente para sobreviver ou gerar um lucro para si, busca um serviço terceirizado.